quarta-feira, 29 de setembro de 2010

De 1945 a 1989


Alemanha é um país localizado na Europa central. Limitado a norte pelo Mar do Norte, Dinamarca e pelo Mar Báltico, a leste pela Polônia e pela República Tcheca, a sul pela Áustria e pela Suíça e a oeste pela França, Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos.
Com 81,8 milhões de habitantes (janeiro de 2010), o país tem a maior população entre os Estados membros da União Européia, e é também o lar da terceira maior população de migrantes internacionais em todo o mundo. 
A Alemanha é uma república parlamentar federal de dezesseis estados (Länder). A capital é a cidade de Berlim, e é membro das Nações Unidas, da OTAN, G8, G20, da OCDE e da OMC.



8 de outubro de 1945 terminou a Segunda Guerra Mundial. 
 Palco da 2ª Guerra Mundial, nos dias 8 e 9 de maio de 1945, definitivamente a Alemanha é rendida, e se põe um fim no ultimo governo do Reich . Seus líderes foram presos,  juntamente com outros líderes da ditadura nazista e responderam  por crimes de guerra e contra a humanidade perante o Tribunal de Nurembergue, instaurado pelos Aliados. 
Países unidos contra inimigos comuns, viram reaparecer suas diferenças ideológicas, o que resultou em propostas políticas, econômicas e sociais antagônicas, o Capitalismo e o Socialismo. 
 

Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética, as quatro potências vencedoras, assumem o poder e dividem o território alemão em quatro zonas de ocupação: um setor sob o domínio da França, outro sob o domínio do Reino Unido, outro dos Estados Unidos e outro da URSS.
A parte dominada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França era a Alemanha Ocidental, onde havia a influência do Bloco Capitalista e a parte dominada pela URSS era a Alemanha Orienta, onde havia a influência do Bloco Socialista. Esse contexto, onde há bipolaridade econômica (não só na Alemanha, mas no mundo todo) é conhecido por Guerra Fria 1945 - 1989.

Assim ficou divida a Alemanha:


 Os diferentes modos de governo  gerou divergências entre os Aliados, que não conseguiam definir uma política comum para a Alemanha vencida. Na Conferência de Potsdam, que ocorreu entre 17 de julho e 2 de agosto de 1945, para estabelecer as bases de uma nova ordem européia no pós-guerra, só houve consenso quanto a quatro ações prioritárias na Alemanha: desnazificar, desmilitarizar, descentralizar a economia e reeducar os alemães para a democracia.
Confiscada grande parte da produção para o pagamento da reparação da guerra, as indústrias alemãs, que escaparam dos bombardeios, não conseguiam suprir a demanda com a pequena oferta de produtos. A política econômica restritiva dos Aliados só mudou quando se impôs a convicção de que a Alemanha Ocidental poderia ser um importante baluarte contra o avanço do comunismo soviético.

Embora recebesse ajuda dos EUA desde 1946, a Alemanha Ocidental recebeu o impulso decisivo para iniciar sua reconstrução com o Plano Marshall* que disponibilizou 1,4 bilhão de dólares de 1948 a 1952. A Zona de Ocupação Soviética não teve a mesma sorte, tendo que arcar sozinha com os custos de sua recuperação, além de sofrer a sangria das reparações de guerra e o esvaziamento pela desmontagem de fábricas, estradas de ferro e instalações que eram levadas para a União Soviética.


*O Plano Marshall: um aprofundamento da Doutrina Truman (doutrina que visava deter o comunismo), conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Européia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, George Marshall (à esquerda). 
Os setores controlados pela França, pelo Reino Unido, e pelos Estados Unidos foram fundidos em 23 de Maio de 1949 para formar o República Federal da Alemanha através da promulgação  da Lei Fundamental que sublinhava seu caráter provisório, pois somente depois que o país voltasse a ser uma unidade deveria ser ratificada uma Constituição definitiva. O novo Estado tinha Bonn por capital,; em 7 de Outubro de 1949, a Zona Soviética criou a República Democrática da Alemanha, tendo Berlim Oriental como capital. Seu regime era comunista e de economia planificada, dando prosseguimento à socialização da indústria e ao confisco de terras e de propriedades privadas. O Partido Socialista Unitário (SED) passou a ser a única força política na "democracia antifascista" alemã-oriental. 

Em 1955, a Alemanha Ocidental ingressou na Organização do tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar ocidental. A Alemanha Oriental reagiu e aderiu no mesmo ano, ao Pacto de Varsóvia, bloco militar liderado pela URSS.


• BERLIM


Muro de Berlim
Os Aliados decidiram ,após unir suas áreas de ocupação , em 20 de junho de 1948, implantar uma reforma monetária e criar um Estado provisório sob seu controle. Um mês depois, cada cidadão alemão pôde trocar 40 Reichsmark  (a moeda vigente até então, instaurada em 1924) por 40 unidades da moeda então introduzida pelos Aliados: o marco alemão (Deutsche Mark, ou DM). Para empresários e autônomos, a relação de troca era mais favorável.
Stalin reagiu à reforma monetária na Alemanha Ocidental ordenando que o lado ocidental de Berlim fosse bloqueado. Para incorporar essa parte da cidade à Zona de Ocupação Soviética, mandou interditar todas as comunicações por terra. Isolado das zonas ocidentais e de Berlim Oriental, o oeste de Berlim ficou sem luz nem alimentos de 23 de junho de 1948 até 12 de maio de 1949. A população só se manteve a salvo graças à ponte aérea dos Aliados, que garantiu seu abastecimento.


Em 1961 autoridades orientais construiram o muro de Berlim, com a finalidade de deter o fluxo de refugiados para o Ocidente (entre 1949 e 1961, bem mais de 2,6 milhões de alemães orientais escaparam para a República Federal).  

A divisão de Berlim sintetizava a polarização da época da Guerra fria. De um lado do muro o Comunismo; e do outro lado o Capitalismo.

Quando o muro ficou pronto, seu cinturão externo, envolvendo completamente a cidade, media 155 quilômetros, enquanto que o interno atingiu a 43 quilômetros: 37 deles na área residencial. medindo em média 3,6 m, instalaram nele 302 torres de observação e 20 bunkers, de onde os soldados atiravam em quem se arriscasse a ultrapassá-lo. Ao longo de quase trinta anos, os Vopos mataram 192 pessoas e feriam outras 200 que tentaram fugir através dele, além de deterem outras 3.200 suspeitas de querer evadirem-se.
  
 Propaganda dos dois lados

Em outubro de 1964, foi posto um cartaz (à esq.) no lado oriental de Berlim com os dizeres: 'Acordos sobre salvo-condutos são melhores que provocações'. Poucos dias depois, foi afixada nas proximidades a resposta ocidental: 'O Muro continuará sendo uma provocação, mesmo com salvo-condutos!'.

 

Plataforma para pichações

Em toda a sua extensão, o Muro de Berlim tornou-se uma plataforma de pichações no lado ocidental. Com lemas políticos ou meros desenhos, milhares de berlinenses e de turistas lançaram mão dos aerossóis para deixar uma mensagem colorida sobre o concreto. Como a profecia que se vê na foto: 'Berlim ficará livre do Muro'.
O movimento de contestação dos governos do Leste europeu cresce em 1989, abalando os regimes comunistas. Em novembro, o governo da Alemanha Oriental desiste de proteger o Muro de berlim, tomado por manifestantes de Berlim Ocidental e oriental. A Alemanha se reunifica em 1990. Em 31 de dezembro de 1991, a união Soviética deixa de existir.
Depois do dia 9 de novembro de 1989 foi apenas uma questão de meses até que o Muro desaparecesse inteiramente da paisagem de Berlim. Ficaram famosos na época os chamados 'pica-paus' do Muro: berlinenses e turistas que, armados de martelo e cunha, arrancaram pedaços da muralha para guardar de lembrança. Por muito tempo, lojas de suvenires em Berlim ofereceram lascas de concreto com um duvidoso 'certificado de autenticidade'.

 

A dança sobre o Muro

No dia 10 de novembro de 1989, berlinenses orientais e ocidentais confraternizaram-se com uma verdadeira dança sobre o Muro, que deixara de ser uma barreira desde a noite anterior. Ao fundo, o Portão de Brandemburgo – o símbolo de Berlim. Com as fronteiras abertas, milhares de cidadãos alemães orientais viajaram imediatamente à parte ocidental da Alemanha, para fazer compras, visitar parentes e amigos ou simplesmente para satisfazer a curiosidade pessoal.
Hoje, pouco resta da histórica muralha que separou dois Estados alemães por tanto tempo. 








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